Defesa de Dissertação

Título: A banalidade do mal e a faculdade de pensar: política e ética nas reflexões de Hannah Arendt

Autor: Elzanira Rosa Mello Moreira

Resumo:

Esse trabalho apresenta a compreensão de Hannah Arendt acerca do mal, e sua conexão com as faculdades de pensar e julgar, que ganharam um novo impulso por ocasião do julgamento do nazista Adolf Eichmann. A partir das reflexões sobre o problema do mal, Arendt volta-se para as atividades do espírito, suscitando questões acerca do pensamento, relacionados ao fenômeno do mal. Na análise de Arendt o pensamento tem como atividade a busca por significados e sua finalidade é a comunicação consigo mesmo. Afastando-se da ortodoxia dos textos Kantianos, em suas investigações sobre o juízo, Arendt depreende no juízo estético de Kant a condição política do juízo. Em interlocução constante com a obra de Kant, Arendt se ocupa de vários conceitos constantes na Crítica da Faculdade do Juízo, obra que considera abrigar a filosofia política de Kant. Hannah Arendt reinterpreta a faculdade do juízo no sentido de demonstrar sua função política, que serve aos cidadãos para distinguir o certo do errado. A obra kantiana nos permite a compreensão da percepção e do movimento interpretativo de Arendt. Por meio da análise das reflexões de Hannah Arendt buscamos compreender a percepção da autora acerca do funcionamento da faculdade de pensar e julgar os fatos políticos.

Palavras-Chave: Hannah Arendt. Pensar. Julgar. Banalidade do mal. Eichmann.

Local: Auditório de Videoconferência do CTIC

Data: 07/04/2017

Horário: 09h00

Banca:

Orientador: Roberto de Almeida Pereira de Barros, UFPA

Examinador Externo: Odilio Alves Aguiar, UFC

Examinador Interno: Nelson José de Souza Júnior, UFPA

Suplente: Luís Eduardo Ramos de Souza, UFPA